Foram R$ 730,91 milhões empenhados no
primeiro semestre do ano – o maior valor de todo o Brasil, ficando à frente de
Rio Grande do Sul (R$ 570 milhões), Santa Catarina (R$ 534 milhões) e São Paulo
(R$ 438 milhões), segundo levantamento da assessoria econômica da Secretaria de
Estado da Fazenda (Sefa).
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
O Paraná foi o estado que mais
destinou recursos para a agricultura no primeiro semestre de 2025. Foram R$
730,91 milhões empenhados entre os meses de janeiro e junho – o maior valor de
todo o Brasil, ficando à frente de Rio Grande do Sul (R$ 570 milhões), Santa
Catarina (R$ 534 milhões) e São Paulo (R$ 438 milhões), segundo levantamento da
assessoria econômica da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).
O número faz parte do Relatório
Resumido da Execução Orçamentária (RREO), do Tesouro Nacional, e mostra um
crescimento substancial no direcionamento de valores para ações no campo ao
longo dos últimos anos entre custeio e investimentos. Tanto que a cifra do
semestre já é a maior para o período em toda sua história, superando em 28,7% o
recorde anterior, registrado nos seis primeiros meses de 2024, com R$ 568
milhões.
Em comparação com 2018, o salto é
ainda maior. No primeiro semestre daquele ano, a agricultura paranaense recebeu
cerca de R$ 230,8 milhões – o que faz com que o valor tenha mais do que
triplicado em sete anos.
Para o secretário da Fazenda,
Norberto Ortigara, essa liderança comprova o compromisso do Estado em sua
vocação de atuar como supermercado do mundo, potencializando aquilo que o
paranaense sabe fazer tão bem. “O agronegócio é o carro-chefe da economia
paranaense, responsável por cerca de 36% de seu Produto Interno Bruto (PIB) e,
por isso, merece atenção especial”, diz. “São recursos que potencializam nossa
capacidade de produção, promovem o desenvolvimento econômico e social de toda a
região e tornam o Paraná mais sustentável”.
Ortigara reforça que esse aporte
histórico é fruto de um trabalho contínuo de disciplina fiscal e modernização
da gestão. Segundo ele, a boa administração ao longo dos últimos anos foi o que
permitiu essa injeção crescente de recursos ano após ano e que colocaram o
Paraná nessa posição de destaque.
“Manter o equilíbrio das contas
públicas nos permite ter a segurança e os recursos necessários para fazer esses
aportes a setores estratégicos, como é o nosso agronegócio”, explica. “Isso
impulsiona toda a cadeia produtiva e gera um retorno significativo para a
sociedade em forma de emprego e renda”.
Para o secretário de Agricultura
e Abastecimento, Márcio Nunes, outros três fatores estão por trás dessa
liderança paranaense. “Primeiro, a velocidade na implantação de indústrias é
fruto de um trabalho muito forte de licenciamento ambiental com segurança
técnica e jurídica; segundo, o setor de defesa sanitária e agropecuária é muito
forte para certificar a qualidade de nossos produtos; e terceiro são os
incentivos fiscais robustos”, diz.
NA PRÁTICA – A maior parte desse montante
(45,5%) foi direcionada à promoção da produção agropecuária. Foram R$ 333
milhões que alcançaram ações de fortalecimento das cadeias produtivas regionais
e a viabilização de iniciativas que promovem a segurança alimentar.
Esse montante inclui
investimentos importantes, como na melhoria e pavimentação de estradas rurais –
obras que tanto garantem o escoamento da produção agrícola como facilitam o
acesso a serviços públicos, tornando mais ágil o trânsito de ambulâncias,
viaturas policiais e ônibus escolares –, assim como ações de fortalecimento da
agricultura familiar e de políticas fundiárias.
Além disso, também foram
destinados mais R$ 106,9 milhões para ações de abastecimento, como o próprio
gerenciamento e manutenção das Ceasas em todo o Estado, assim como medidas que
fazem com que o alimento chegue à mesa do paranaense.
É o caso do programa Leite das
Crianças, que auxilia no combate à desnutrição infantil com a distribuição
gratuita e diária de um litro de leite a crianças de seis a 36 meses de
famílias de baixa renda, e do Compra Direta que adquire alimentos produzidos
por cooperativas e associações da agricultura familiar para abastecer
restaurantes populares, cozinhas comunitárias, bancos de alimentos e hospitais
filantrópicos.
INVESTIMENTOS – Ao longo deste
primeiro semestre de 2025, foram empenhados R$ 339 milhões apenas em
investimentos para atividades relacionadas ao campo. O valor é mais do que o
dobro do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram
alocados R$ 148 milhões.
Esse aumento de mais de 129%
inclui as estradas rurais e o auxílio a municípios para a compra de maquinário
– a previsão é aplicar R$ 1,5 bilhão no programa,
destinando recursos a fundo perdido a 397 municípios e outros oito consórcios
intermunicipais. Também faz parte desse montante
o programa Irriga Paraná, que tem como objetivo ampliar em 20% as
áreas destinadas à agricultura que contam com sistema de irrigação no Estado.
Confira a lista dos dez
primeiros:
Paraná - R$ 730,9 milhões
Rio Grande do Sul - R$ 570
milhões
Santa Catarina - R$ 534 milhões
São Paulo - R$ 438 milhões
Bahia - R$ 390 milhões
Ceará - R$ 374 milhões
Piauí - R$ 366 milhões
Minas Gerais - R$ 348 milhões
Rio de Janeiro - R$ 319 milhões
Espírito
Santo - R$ 301 milhões
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