Primeiras ações acontecem nesta
quarta-feira (14), com roda de conversa com representante da Rede Feminina de
Combate ao Câncer e uma voluntária, vinculada à entidade, que está em fase de
tratamento doença. A doação de lenços e mechas de cabelo também fazem parte das
atividades de conscientização e cuidado com a saúde das portuárias.
Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
A Portos do Paraná
realiza a partir desta quarta-feira (15) um série de atividades para marcar o
Outubro Rosa, que celebra o mês dedicado à campanha internacional de
conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. A
primeira ação será uma roda de conversa reunindo as portuárias, uma representante
da Rede Feminina de Combate ao Câncer e uma voluntária, também vinculada à
entidade, que passou pelo câncer e está curada da doença. Será às 9h30, no
auditório do Palácio Taguaré.
No mesmo dia, todos
os funcionários poderão doar lenços ao Hospital Erasto Gaertner, especializado
no tratamento clínico e cirúrgico de pacientes com doenças oncológicas. Os
lenços serão destinados a mulheres que tiveram de raspar a cabeça por causa do
tratamento por quimio e radioterapia. Haverá, ainda, um espaço dedicado à
doação de mechas de cabelo para a Rede Feminina de Combate ao Câncer. O
material coletado será transformado em próteses capilares utilizadas por
pacientes que passam pelo tratamento.
“O Outubro Rosa é
um convite à conscientização de todas as portuárias, pois cuidar da saúde
também é cuidar do nosso futuro e das pessoas que fazem parte da nossa
história”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando
Garcia.
“Será uma manhã
muito especial, um momento de acolhimento no ambiente de trabalho para
estimular o cuidado com a saúde das colaboradoras. A prevenção e o diagnóstico
precoce salvam vidas”, destacou a presidente da Rede Feminina, Luciana Picanço
Prunzel.
SOLIDARIEDADE – Em 2024,
a Portos do Paraná também realizou uma campanha de doação de cabelos. As mechas
foram entregues ao Instituto Peito Aberto, que produziu perucas destinadas a,
pelo menos, seis pacientes. “Toda ação é bem-vinda, mas a doação de cabelo
é muito especial porque conseguimos fazer as perucas juntando mechas
semelhantes, e elas trazem esperança para as nossas pacientes”, explicou Jiseli
Pirelli, voluntária há seis anos do Instituto Peito Aberto, responsável pela
administração e eventos da instituição.
Uma das beneficiadas
foi a cabeleireira Lorayne Miranda, que, aos 33 anos, descobriu um nódulo no
seio. “Foram seis meses de tratamento, e eu já sabia que meu cabelo ia cair,
né? Para não ter o trauma de sentir a queda dos fios, eu raspei tudo e me
adorei carequinha. Agora, no final do meu tratamento, estou sentindo falta do
meu cabelo”, comentou.
Lorayne recebeu
duas perucas da instituição. “Ao me olhar no espelho e me ver de peruquinha,
consegui puxar um pouquinho da minha identidade perdida quando raspei a cabeça.
Consegui me olhar no espelho e saber que um pouquinho daquele ‘eu’ perdido lá
atrás ainda existia.”
O tratamento do
câncer pode envolver cirurgia e também procedimentos como radioterapia e
quimioterapia, que possuem efeitos colaterais — entre eles, a queda de cabelo.
Isso ocorre porque os tratamentos matam as células cancerígenas, mas também
podem afetar outras células, como as responsáveis pela formação e crescimento
do cabelo (folículos pilosos).
“Como cabeleireira,
vejo o quanto o cabelo é importante para a mulher em geral, para se olhar no
espelho e se achar bonita. Não vou dizer pra você que raspar o meu cabelo não
foi doloroso, pois o cabelo é uma coisa que a gente cuida todo dia”, desabafou
Lorayne.
No mês do Outubro
Rosa, Lorayne deixa um recado para as mulheres: “A minha mensagem vai além do
cabelo. Hoje, o meu autocuidado é muito maior. A gente, que é mulher, tem essa
de querer abraçar o mundo e acaba se deixando de lado. Por isso, não tenha medo
de ir ao médico, pois o diagnóstico precoce é muito importante.”
Além da doação de mechas, a Portos do Paraná realizou outras ações em
prol do Outubro Rosa em 2024, como a Feijoada Rosa — encontro beneficente que
reuniu 250 colaboradoras da empresa e da comunidade portuária de Paranaguá. A
feijoada arrecadou R$ 31.431,12 com a venda de ingressos e bebidas, valor doado
integralmente à Rede Feminina de Combate ao Câncer de Paranaguá e ao Instituto
Peito Aberto.
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