Marlene Nunes da
Silva, de 51 anos, por exemplo, renasceu. Ela é de Lajeado (uma das cidades
mais atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul), e desde 2022 mora em
Guarapuava. A passagem do tornado destruiu a sua casa e a deixou com três
fraturas nas costelas, ferimentos perto do olho e um corte profundo na cabeça.
As pessoas que
ficaram feridas durante o tornado que atingiu o município de Rio Bonito do
Iguaçu e Guarapuava, na Região Centro-Sul, e que já receberam alta hospitalar,
começam agora uma nova etapa: o retorno para casa e a reconstrução do que foi
destruído. O momento é de alívio e agradecimento às equipes de saúde que
atuaram no atendimento emergencial e no cuidado durante os dias de internação.
Marlene Nunes da
Silva, de 51 anos, renasceu. Ela é de Lajeado (uma das cidades mais atingidas
pelas enchentes no Rio Grande do Sul), e desde 2022 mora em Guarapuava. A
passagem do tornado destruiu a sua casa e a deixou com três fraturas nas
costelas, ferimentos perto do olho e um corte profundo na cabeça, que exigiu
dez pontos, além de outros cortes, mas que não precisaram de sutura. Devido aos
ferimentos, precisou ser internada.
Ela recebeu alta do
Hospital São Vicente (Guarapuava) na segunda-feira (10) e lembra, emocionada,
como aconteceu. “Quando eu entrei no carro, andamos um pedaço e eu não vi mais
nada. Só fui acordar no hospital e já estava tudo em cima de mim e muito
sangue. Eu e o meu marido fomos arremessados a mais de dez metros de
distância”, conta.
“Fui para uma UPA
primeiro, e logo me atenderam e me transferiram para o hospital, onde fui bem
atendida. Nós ainda tivemos a sorte de estarmos vivos”, afirma. Marlene ainda
complementa. “Eu quero dizer que nunca mais na minha vida quero passar pelo que
eu passei, não quero que ninguém passe pelo que eu passei. A gente agradece por
ter sobrevivido e eu agradeço também a todo mundo que está nos apoiando. Agora
temos de reconstruir tudo”.
Dirce Padilha, de 68
anos, estava internada no Hospital Regional do Centro-Oeste – Deputado Bernardo
Ribas Carli (HRCO), também em Guarapuava, por conta de uma fratura no joelho.
De acordo com a sua filha, Célia Padilha, que acompanhou o internamento, Dirce
recebeu alta no fim da tarde deste domingo (9), após os cuidados e
acompanhamento da equipe hospitalar.
“Minha mãe saiu do
hospital e teve de ir para um abrigo, em Laranjeiras do Sul, porque a minha
casa, em Rio Bonito do Iguaçu, não tem condições ainda, até eu conseguir arrumar.
Ela foi muito bem entendida, só tenho a agradecer a todos do hospital”, disse
Célia.
Elas foram duas das
835 pessoas atendidas em decorrência direta do desastre. A cada saída, um misto
de alívio e emoção, marcando o fim de um capítulo difícil e o início de outro,
a reconstrução.
A Secretaria de
Estado da Saúde (Sesa) atuou de forma articulada com as secretarias municipais,
Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, garantindo suporte logístico, insumos e
apoio técnico às equipes locais. Os hospitais da região, pronto atendimentos e
unidades da Atenção Primária (UBS) não mediram esforços para atender a todas as
pessoas.
Para amparar e
atender as pessoas atingidas, equipes médicas, enfermeiros, profissionais do
Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), técnicos de enfermagem,
psicólogos, assistentes sociais e equipes das Regionais de Saúde se mobilizaram
imediatamente para garantir transporte rápido, acolhimento e atendimento
integral nas unidades hospitalares.
“O Paraná respondeu
com agilidade, integração e muito cuidado”, disse o secretário de Estado da
Saúde em exercício, César Neves. “Desde os primeiros momentos após o
tornado, nossas equipes estiveram em campo, garantindo atendimento rápido e
humanizado a cada pessoa atingida. Ver esses pacientes deixando o hospital e
iniciando um novo recomeço, mesmo diante de tantas perdas, nos traz um
sentimento de acalento e esperança”.
INTERNADOS – Até ao momento, 26 pessoas estão internadas em razão do tornado, sendo
três em UTIs. Dos internamentos, 10 estão em Guarapuava: 1 no Hospital São
Vicente de Paulo e 9 no Hospital Santa Tereza. Outros 13 pacientes estão em
Laranjeiras do Sul: 5 no Hospital São Lucas e 8 no Instituto São José. No
Hospital Universitário de Cascavel permanecem 3 pessoas.




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