O IPDM é divulgado anualmente desde
2008 e funciona como um indicador semelhante ao IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano). No desempenho geral, Curitiba lidera com nota 0,8231, seguida por
Palotina (0,7935), Quatro Pontes (0,7771), Cafelândia (0,7771) e Toledo
(0,7657).
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Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
O desenvolvimento dos municípios
paranaenses continua avançando em bom ritmo, segundo o Índice Ipardes de
Desempenho Municipal (IPDM), divulgado nesta terça-feira (18). O levantamento
mostra que 317 das 399 cidades do Estado, ou mais de 79% do total, apresentam
desempenho de médio para alto nas áreas de renda, educação e saúde. O avanço
representa um crescimento de 8% em relação à edição anterior, quando 293
municípios superaram a nota 0,60 que baliza o indicador. Quanto mais próximo de
1, melhor o indicador. Nenhuma cidade está no indicador mais baixo.
O IPDM é divulgado anualmente
desde 2008 e funciona como um indicador semelhante ao IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano). Nesta edição, o Ipardes inicia uma nova série
histórica, com ano de referência fixado em 2022. A partir dessa atualização
metodológica, todos os resultados divulgados agora se referem a esse
desempenho. Como o índice utiliza bases do Ministério do Trabalho e Emprego,
Ministério da Educação, Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), o IPDM só pode ser consolidado dois anos após o período
analisado.
O secretário do Planejamento do
Paraná, Ulisses Maia, avalia que a atualização do IPDM, com ainda mais precisão
e novos indicadores, é uma ferramenta fundamental para o planejamento
estratégico dos nossos municípios. “Ao compreendermos o desempenho em detalhes
nas áreas de renda, saúde e educação, capacitamos as prefeituras a tomar
decisões mais assertivas, direcionando recursos para áreas de maior
necessidade. O desenvolvimento local robusto e sustentável é a chave para
alcançarmos um Paraná mais próspero e justo para todos", afirma.
No desempenho geral, Curitiba
lidera com nota 0,8231, seguida por Palotina (0,7935), Quatro Pontes (0,7771),
Cafelândia (0,7771) e Toledo (0,7657). Os dados completos podem ser acessados
em um painel interativo no site do
Ipardes.
Nesta edição, o Ipardes
incorporou novos indicadores nas dimensões de educação e saúde. Na área educacional,
passaram a ser consideradas variáveis como matrículas em creches e pré-escolas,
oferta de ensino em tempo integral, desempenho no Ideb do ensino médio e
proporção de docentes com formação superior adequada. Com a soma desses novos
componentes aos já existentes, os municípios mais bem avaliados em Educação
foram São Manoel do Paraná (0,8563), São Jorge do Ivaí (0,8443), Boa Esperança
(0,8403), Entre Rios do Oeste (0,8373) e Iguatu (0,8358).
São 385 cidades com indicador
médio ou alto na análise educacional, com 35 sendo consideradas com índice
elevado - no relatório anterior eram apenas 4.
Em saúde, a novidade é a inclusão
da taxa de óbitos prematuros por doenças crônicas não transmissíveis entre
pessoas de 30 a 69 anos, indicador que se soma às consultas pré-natal, óbitos
por causas mal definidas e óbitos evitáveis em crianças menores de cinco anos.
Nesse eixo, os destaques são Quatro Pontes (0,9108), Pinhal de São Bento
(0,8935), Uniflor (0,8782), Diamante do Norte (0,8659) e Campo Bonito (0,8618).
São 339 cidades com indicador médio ou alto.
No eixo de renda, o IPDM mostra
que Curitiba lidera com o melhor desempenho do Estado (0,8745), seguida por
Quatro Barras (0,7701), Carambeí (0,7462), Palotina (0,7321) e Santo Inácio
(0,7292). Vale lembrar que na última Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (PNADC), divulgada pelo IBGE, o Paraná registrou no terceiro
trimestre o maior crescimento salarial entre as regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste, atingindo rendimento médio de R$ 3.881
e alta de 9,59% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O
presidente do Ipardes, Jorge Callado, reforça que a modernização do índice
amplia sua utilidade tanto para o poder público quanto para o setor produtivo.
“O IPDM foi aperfeiçoado para dar uma visão mais ampla do desempenho das
cidades, não só para os gestores públicos, mas também para a iniciativa
privada, que passa a contar com uma ferramenta estratégica na prospecção de
novos negócios e no fortalecimento dos arranjos produtivos locais. A inovação
na área da saúde, por exemplo, permite identificar precocemente situações que
podem ser prevenidas, garantindo qualidade de vida ao cidadão e evitando a
perda da capacidade laboral, essencial para a economia regional”, afirmou.




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