Foto: PCPR
Com apoio aéreo de um helicóptero
da PCPR, os policiais civis cumprem 38 mandados de busca e apreensão em
residências, clínicas veterinárias e cativeiros. A operação mira a estrutura
criminosa identificada e seus principais distribuidores em âmbito nacional e
regional.
A ação tem apoio da Polícia
Militar do Paraná (PMPR), das polícias civis dos quatro estados envolvidos, do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), do Instituto Água e Terra (IAT), da Prefeitura de Curitiba e de
organizações ambientalistas.
As ordens judiciais resultam de
uma investigação de dois anos que monitorou grupos virtuais voltados ao tráfico
de animais silvestres — da fauna brasileira — e exóticos, de outras partes do
mundo.
“Esses grupos, que concentram
mais de 20 mil membros, se organizam para a venda de animais em todo o
território nacional, tanto no atacado quanto no varejo”, afirma o delegado
Guilherme Dias, responsável pela investigação.
Entre as espécies traficadas
estão onças, tucanos, araras, macacos, serpentes, aranhas e dezenas de aves
nativas e exóticas.
“Infiltramos agentes em grupos
digitais e descobrimos como funciona o comércio ilegal de animais no Brasil.
Hoje, ele ocorre majoritariamente de forma online, diferente dos anos
anteriores, quando se concentrava em feiras livres”, afirma o delegado.
A PCPR apurou que o grupo atuava
de maneira estruturada e segmentada. As células criminosas sediadas em São
Paulo eram responsáveis pela distribuição nacional, enquanto os núcleos do
Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais abasteciam o Sul, o Sudeste e parte do
Nordeste.
Os crimes investigados são
tráfico de animais, maus-tratos, falsificação de documentos públicos, lavagem
de dinheiro e organização criminosa.
A operação é desdobramento de uma
ação deflagrada em fevereiro de 2024, que resultou na apreensão de 390 animais
e na prisão de nove pessoas. Na ocasião, a PCPR identificou que os criminosos
chefiavam 27 grupos de aplicativos de mensagens voltados exclusivamente ao
tráfico de animais, além de integrarem dezenas de outros, com mais de 20 mil
integrantes e conexões internacionais no Paraguai e na Venezuela.
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